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          A palavra Astrofotografia define a ação de fotografar objetos celestes. A prática é muito antiga, tendo sido precedida desde o século XVI pela execução de desenhos e esquemas do que se via no céu, prática iniciada por Galileu com sua luneta pioneira.

        Logo após a descoberta das técnicas fotográficas pelos irmãos franceses Daguerre, em meados do século XIX, astrônomos de todas as partes se interessaram na aplicação das técnicas a objetos celestes.

        Inicialmente a prática foi muito controversa. Muitos astrônomos “sérios” a rejeitavam como meio científico e a relegavam a um segundo plano, com valor apenas para amadores.  O Brasil foi dos primeiros países a aceitar a técnica plenamente, talvez por causa de um ilustre amador, ao mesmo tempo praticante pioneiro da astrofotografia e patrocinador dos estudos científicos: D Pedro II.

        Aos poucos esta visão foi gradativamente mudando e nos dias presentes praticamente todos os estudos astronômicos com valor científico são realizados através dela. A técnica que consistia exclusivamente da gravação da luz em uma película revestida de substâncias quimicamente excitáveis, avançou enormemente, com equipamentos cada vez mais sofisticados e principalmente com a introdução bem mais recente da tecnologia digital.

         As técnicas digitais permitem que hoje, com equipamentos relativamente baratos obtenha-se fotos que há 30 anos ou pouco mais seriam obtidas apenas em Observatórios de grande porte por profissionais, através de equipamentos de milhões. Assim é que menos de uma década após a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar, já há registro de descobertas semelhantes feitas por amadores! Da mesma forma, muitas estrelas supernovas são detectadas pela primeira vez por amadores, inclusive no Brasil.

         Desde o início, entretanto, mais do que pelo valor científico, as fotos de objetos celestes tem fascinado a todos por sua particular beleza. A Astrofotografia constitui-se numa Arte, com resultados singulares: maravilhosos visuais que expõem a grandeza incomensurável e incompreensível de nosso Universo, lembrando-nos de quão ínfima é nossa participação!

        Hoje em dia duas técnicas são usuais:

        A tecnologia tradicional, com filme químico, onde câmeras são acopladas a telescópios que funcionam como objetivas poderosas. O resultado é excelente do ponto de vista de definição de imagem, mas a técnica apresenta como desvantagem o alto custo do filmes, bem como os tempos de exposição necessários que chegam a horas.

         Já a tecnologia digital disponível para amadores, pode funcionar com câmeras acopladas diretamente ou através das oculares do telescópios. O resultado é bom quanto a definição de imagem mas geralmente inferior à tradicional, com as vantagens de não usar filmes bem como permitir tempos de exposição menores, da ordem de minutos ou até segundos, face à maior sensibilidade dos sensores eletrônicos à luz e à possibilidade de combinação digital de quadros obtidos sucessivamente.

        Informações mais detalhadas sobre as técnicas e equipamentos podem ser obtidas pela internet, em diversas páginas sobre o assunto, tanto em português quanto em inglês.

 
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